Pessoas sentadas em um banco de praça com contas e boletos nas mãos, cenário urbano ao fundo
Brasil registra recorde de inadimplência em 2025 com 78,2 milhões negativados e dívidas acima de R$ 482 bilhões.

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Em julho de 2025, o Brasil atingiu uma marca preocupante: 78,2 milhões de pessoas negativadas, segundo a Serasa Experian. Isso significa que quase metade da população adulta está inadimplente, com dívidas que somam R$ 482 bilhões e estão atrasadas há mais de 90 dias. O que explica esse cenário, que parece nunca ter fim? Por que tantas famílias não conseguem sair do vermelho, mesmo com tantos alertas e tentativas?

Um ciclo que se repete: o retrato do endividamento brasileiro

Quase 47,9% da população adulta está inadimplente – um dado que assusta e revela desigualdades regionais importantes. No Amapá, o índice chega a 64%; no Distrito Federal, 60,9%; e, no Rio de Janeiro, 57%. A maioria dessas dívidas está concentrada em bancos, administradoras de cartão de crédito e financeiras, responsáveis por 46,9% do total.

Olhe ao redor. Quase todo mundo conhece alguém endividado ou está tentando evitar a inadimplência. Nas conversas cotidianas, vemos relatos cada vez mais frequentes de pessoas perdendo o sono pensando em boletos, renegociações e até ameaças de corte de serviços básicos.

Em 2025, o endividamento bateu recorde mais uma vez.

A cada mês, o peso aumenta

Segundo a Confederação Nacional do Comércio, 78,5% das famílias brasileiras estavam endividadas em junho de 2025, maior nível desde junho de 2024. Isso revela um momento muito frágil da saúde financeira da população.

  • Taxas de juros em alta aumentam os custos dos empréstimos.
  • Renda apertada faz com que qualquer imprevisto se torne um problema real.
  • A busca por crédito rápido, muitas vezes em formas menos vantajosas, alimenta o ciclo do endividamento.

Enquanto as décadas avançam, a sensação de insegurança financeira só cresce. Parece clichê, mas a corda quase sempre arrebenta do lado mais fraco.

Um novo agravante: apostas esportivas online entram na conta

Há outro fator recente complicando o quadro já delicado. De acordo com dados da Mapfre Investimentos, 57% das pessoas endividadas que começaram a apostar em esportes online não tinham dívidas antes dessa prática. O apelo das apostas, aliado à falta de controle, faz com que muita gente se aprofunde no vermelho de um jeito até inesperado.

Celular exibindo apostas esportivas ao lado de boletos e cartões de crédito Pode parecer exagero, mas bastam poucos cliques para transformar diversão em dívida. E, infelizmente, poucas ferramentas conseguem acompanhar a velocidade com que essas novas formas de gasto impactam o orçamento de uma família.

Inadimplência reincidente e desequilíbrio crônico

Se antes existia esperança de que, uma vez quitada uma dívida, a pessoa dificilmente voltaria a dever, os dados agora mostram o contrário. Segundo a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), em maio de 2025, impressionantes 83% dos negativados já estiveram nessa situação nos 12 meses anteriores.

  • 63% reincidiram
  • 20% regularizaram e voltaram a dever
  • Apenas 17% foram negativados pela primeira vez

Elias Sfeir, presidente da ANBC, aponta um desequilíbrio orçamentário crônico como raiz desse ciclo. Não se trata apenas de gastar além do que se ganha – muitos nunca tiveram margem de manobra. É uma questão estrutural, que se repete com pequenas variações, mas sem solução verdadeira.

Sem respiro: renda se esvai antes do mês acabar

Um levantamento da Klavi mostra um cenário ainda mais difícil: 35% das pessoas gastam toda a sua renda em até 36 horas após o pagamento. Mais da metade termina o mês com menos de R$ 100 – sinal claro de que não existe folga para lidar com emergências. Bruno Chan, CEO da Klavi, reforça: não sobra margem para nada.

Isso afeta desde a compra do pão até planos de médio prazo, como uma faculdade ou uma simples viagem de férias.

Família olhando apreensiva para fatura de cartão de crédito e saldo baixo no computador Trabalho formal não significa segurança

Até mesmo quem tem salário fixo está longe de estar protegido dessa tempestade. A SalaryFits apurou que 54% dos trabalhadores formais não conseguem fechar o mês com o salário. Entre quem mais sente esse aperto estão os jovens da geração Z, a classe C, profissionais PJ e trabalhadores de empresas de menor porte. Como lembra Délber Leite, o impacto disso é direto na qualidade de vida, comportamentos familiares e saúde emocional.

As consequências: bem-estar ameaçado e consumo transformado

O peso do endividamento vai muito além do bolso:

  • 66% relatam mais estresse
  • 43% dizem estar mais irritados
  • 39% enfrentam insônia

Metade dos trabalhadores busca crédito alternativo, ajuda da família ou um segundo trabalho/freelancer. A sensação de sufoco faz muita gente repensar hábitos antigos e, muitas vezes, mudar radicalmente sua relação com o consumo.

Segundo pesquisa da Worldpanel by Numerator, o consumidor ficou menos fiel às marcas e passou a priorizar ofertas, promoções e o custo-benefício. Leandro Rosadas comenta que essa mudança de comportamento é notável nas gôndolas. Marcas de limpeza de baixo custo, por exemplo, cresceram 5,6% em vendas, enquanto as marcas premium cresceram metade disso, segundo a NielsenIQ. Gabriel Fagundes aponta a vantagem do preço baixo como fator determinante para conquistar o consumidor atualmente.

Por que é tão difícil sair do vermelho?

O ciclo vicioso do endividamento é alimentado por vários fatores, que se retroalimentam:

  • Juros altos tornam qualquer atraso perigosamente mais caro
  • Renda insuficiente obriga o consumidor a “tapar buraco” todo mês
  • Busca por crédito fácil agrava a bola de neve
  • Novas tentações, como apostas online, trazem riscos inesperados
  • Mudança de comportamento social, adoção do parcelamento e dependência do cartão de crédito

Nesta tempestade perfeita, recuperar a saúde financeira vira um desafio coletivo. Não basta só individualizar a culpa ou esperar por educação financeira milagrosa. Falta acesso a ferramentas simples e eficazes para o controle de receitas, despesas e planejamento a longo prazo.

É por isso que soluções como a FINTASK ganham força. Ao oferecer automação, integração bancária e um ambiente personalizado para educadores e planejadores financeiros acompanharem a jornada do cliente, a plataforma torna todo o processo mais prático e inteligente. Diferente de alternativas tradicionais e planilhas complicadas, a FINTASK permite enxergar rapidamente onde está o desequilíbrio e propor soluções adequadas à realidade brasileira.

Se você quer entender na prática como colocar ordem em suas contas e retomar o controle, pode conferir guias práticos como Educação financeira: guia prático para organizar dinheiro ou conhecer os 10 passos para controlar suas finanças já.

Educação financeira é caminho, mas precisa ser acessível

A reincidência estrutural mostra que falar só de “dívida” não resolve. É preciso encarar a falta de educação financeira, e, principalmente, a dificuldade de acesso a meios práticos de controle, acompanhamento e diagnóstico. Profissionais e consumidores precisam contar com ferramentas confiáveis e intuitivas, que transformem o acompanhamento financeiro em algo rotineiro, não emergencial.

Nesse sentido, a formação de educadores financeiros também se mostra cada vez mais relevante, ainda mais quando podem auxiliar clientes usando tecnologia adequada e suporte digital completo.

Conclusão

O desafio do endividamento recorde brasileiro é complexo e não se resolve de um dia para o outro. Precisa de abordagem realista, ação coletiva e investimento em educação e tecnologia. Ferramentas como a FINTASK não só facilitam a vida de planejadores e clientes, mas também criam as condições para romper um ciclo que há muito tempo aprisiona milhões.

Sair do vermelho é possível, mas exige atitude, informação e ferramentas certas em mãos.

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Perguntas frequentes sobre endividamento no Brasil

O que é endividamento recorde no Brasil?

Endividamento recorde significa que o número e o valor das dívidas nunca estiveram tão altos. Em julho de 2025, o Brasil alcançou 78,2 milhões de negativados, com dívidas superiores a R$ 482 bilhões atrasadas há mais de 90 dias. Esse índice revela que quase metade dos adultos enfrenta restrições de crédito e dificuldades financeiras históricas.

Como posso sair do vermelho?

Sair do vermelho envolve autoconhecimento, disciplina e uso de ferramentas certas para registrar entradas e saídas do dinheiro, cortar gastos supérfluos, negociar dívidas e buscar novas fontes de renda. Plataformas especializadas como a FINTASK facilitam esse caminho, permitindo que você e seu educador financeiro acompanhem o progresso em tempo real e recebam recomendações adequadas ao seu perfil.

Quais são as principais causas do endividamento?

Entre os principais fatores estão juros altos, queda ou estagnação da renda, aumento dos preços, falta de controle financeiro, dependência de crédito de curto prazo, consumo impulsivo, imprevistos como doenças e desemprego e, mais recentemente, apostas esportivas online. A reincidência nas dívidas tende a ser estrutural quando essas causas se acumulam e não são tratadas de forma constante.

Vale a pena renegociar dívidas em 2025?

Sim. Renegociar dívidas pode ser um caminho para reduzir juros e parcelas, tornando o pagamento mais viável. É importante analisar as condições, escolher prazos realistas e não assumir acordos que comprometam outros compromissos essenciais. Se possível, conte com um educador financeiro ou use soluções como a FINTASK, que ajudam no acompanhamento após a renegociação, evitando a reincidência.

Onde encontrar ajuda para quitar dívidas?

Você pode buscar auxílio em instituições especializadas, educadores financeiros e plataformas tecnológicas, como a FINTASK, que unem acompanhamento personalizado, integração bancária e relatórios inteligentes. Além disso, há conteúdos gratuitos como dicas de adesão digital e lives sobre liberdade financeira para apoiar sua jornada na busca por mais tranquilidade e autonomia.

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